(semi)martingale
the poems:
cada movimento
por cada passo de tempo pré-definido
é inteiramente teu
escolhes liberdade com cada iteração
desprendes-te da tua história
e permites-te surpreender
e há quem te simplifique
a um caminhante grogue
desnorteado
desprovido de método
incapaz de sentido
mas eu sei-te mais
sei-te dono dos ânimos
e das angústias
sei-te senhor da fronteira
entre homem e divino
sei-te conquistador estocástico
e justiça em pleno
e quem se atrever a perseguir essa tua cauda
terminará em ruína certamente
quer da matéria ou do espírito
embora a ruína que ofereces
é a natureza fértil que tanto cantam
sempre volátil e libertina
ainda que ao alcance da concepção
és perfeição
e vir a descobrir
que entreténs posição confortável no mundo financeiro e corporativista
num controlo mecanizado dos subires e desceres mercantis
aleatórios a meu saber
mas comprovadas corrupções desse teu termo de deriva
que insistes em ostentar ao pescoço
e descobrir seres recipiente de chorudos dividendos ao final de cada trimestre
enche-me de tragédia
e faz-me arrepender
ter-te permitido noites no meu sofá
durante a faculdade
mas o que lá vai
lá vai
que te arrebente uma hemorroida
enquanto brincas com esse clister
a que chamas mercado livre
the songses: